Adolescente de 14 anos matou pai, mãe e irmão com tiro na cabeça, aponta laudo
27/06/2025
(Foto: Reprodução) Polícia Civil descarta a hipótese de morte por afogamento; corpos foram encontrados em na cisterna de casa da família no último sábado (21). Adolescente foi encaminhado para uma unidade socioeducativa. Família é enterrada em Itaperuna
Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que o adolescente de 14 anos que confessou ter matado os pais e o irmão mais novo em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, executou as vítimas com tiro na cabeça. As informação foi divulgada nesta quinta-feira (27) pela Polícia Civil.
Na manhã desta sexta-feira (27), o menino foi encaminhado para uma unidade socioeducativa que fica entre Campos dos Goytacazes e São Fidélis, no Norte Fluminense. Ele foi apreendido na quarta-feira (25).
A perícia descartou ainda a hipótese de morte por afogamento, já que o corpo foi encontrado em uma cisterna, na casa onde a família morava, no bairro Jardim Surubi. Os três corpos, sendo do pai, de 45 anos, da mãe, de 27 anos, e do irmão de 3 anos, apresentavam ferimentos compatíveis com disparos de arma de fogo na região da cabeça. A mãe tinha 37 anos, e o pai, 45 anos.
A polícia investiga duas hipóteses para o crime:
uma delas é a de que os pais do adolescente eram contra o relacionamento virtual que o garoto mantinha.
que os assassinatos foram cometidos com motivação financeira.
O adolescente confessou que pesquisou na internet como receber FGTS de pessoas falecidas. Segundo a polícia, o pai dele tinha R$ 33 mil no fundo de garantia, quantia que o jovem pretendia usar para viajar a Mato Grosso, onde encontraria uma adolescente de 15 anos.
Essa adolescente, que seria uma namorada virtual do autor do crime, foi ouvida na quinta-feira (26), mas o teor do depoimento não foi divulgado pela polícia.
Adolescente apreendido Itaperuna, Noroeste Fluminense RJ
Reprodução
Esperou os pais dormirem para matar
O adolescente contou à polícia que esperou os pais dormirem, pegou a arma escondida debaixo da cama, e atirou na família. A arma era registrada no nome do pai, que tinha autorização como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).
Após os disparos, ainda segundo a polícia, o adolescente utilizou produtos químicos no chão e arrastou sozinho os corpos para escondê-los na cisterna.
Nos dias após o crime, parentes estranharam a falta de notícias e perguntaram ao adolescente sobre os pais. Ele mentiu, dizendo que eles tinham levado o irmão ao hospital porque o menino teria engolido um caco de vidro.
Sem conseguir contato com a família, a avó e um tio procuraram a polícia. Hospitais da região foram consultados, mas não havia nenhum registro de atendimento com os nomes das vítimas.
Na quarta (25), policiais foram até a casa da família e sentiram um forte cheiro vindo do local. Com ajuda do Corpo de Bombeiros, os corpos foram retirados da cisterna e levados para o Instituto Médico Legal (IML).
O adolescente deve responder por ato infracional análogo a triplo homicídio e ocultação de cadáver.