Fiscalização de vereador aponta falta de merenda escolar em depósito de Petrópolis
12/06/2025
(Foto: Reprodução) Prefeitura nega desabastecimento nas escolas de rede municipal de ensino Deposito de merenda escolar em Petrópolis vazio
Divulgação
O estoque de merenda escolar de Petrópolis, na Região Serrana, está vazio. É o que apontou uma inspeção do vereador Leo França (PSB) realizada nesta terça-feira (10). De acordo com o parlamentar, no local só haviam seis latas de leite em pó, além de alguns quilos de fubá e arroz.
O parlamentar denunciou a situação do depósito de merenda escolar da Prefeitura após constatar o descaso com os alunos da rede municipal. Segundo ele, o espaço, que armazena alimentos destinados às escolas da rede municipal, estava praticamente vazio.
“Para muitas crianças, a merenda é a única refeição do dia. Um verdadeiro descaso”, afirmou o vereador, que também compartilhou imagens da visita em suas redes sociais".
A denúncia reacende o debate sobre o orçamento destinado à alimentação escolar no município. Em novembro de 2024, o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) alertou para a insuficiência dos recursos previstos na Lei Orçamentária. A presidente do conselho, Rose Silveira, reforçou a preocupação nesta semana:
“Já chegou alguma coisa, mas está tudo muito contado. Isso não é surpresa. A previsão de gastos era de R$ 40 milhões e só foram disponibilizados R$ 11 milhões no orçamento. Muito em breve, não terá mais dinheiro para alimentação", pontuou Rose.
Deposito de merenda escolar em Petrópolis vazio
Divulgação
Ao g1, a Secretaria de Educação de Petrópolis negou qualquer irregularidade e informou que “não há registro de falta de merenda escolar em nenhuma das 191 unidades da rede municipal de ensino”. Segundo a pasta, todas as escolas estão com os estoques abastecidos e o fornecimento de alimentos ocorre normalmente.
A Secretaria explicou ainda que o galpão visitado pelo vereador funciona como ponto de apoio logístico, e não como estoque central da merenda escolar. O monitoramento dos estoques, de acordo com o órgão, é feito diretamente nas unidades por meio do Relatório Mensal de Alimentação Escolar (RMAE). A partir da demanda registrada pelas escolas, o depósito realiza os despachos, o que, segundo a nota, justifica a rotatividade dos produtos no local.
Apesar da justificativa, o vereador Léo França considerou a situação no galpão preocupante e disse que vai encaminhar o caso ao Ministério Público. O tema deve ser debatido nas próximas sessões da Câmara Municipal.