Mirante da Praia do Sossego, em Niterói, receberá nome de Juliana Marins: ‘Vivemos momentos especiais ali’, agradece irmã
27/06/2025
(Foto: Reprodução) Segundo a família, local era um dos preferidos da jovem. Publicitária de 26 anos era natural do Rio de Janeiro, mas morava em Niterói com a família. Mirante da Praia do Sossego, em Niterói, receberá nome de Juliana Marins
Em homenagem a Juliana Marins, a brasileira de 26 anos que morreu ao cair em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, o mirante e a trilha da Praia do Sossego, serão batizados com o nome da publicitária.
Segundo a família, o local — considerado um dos mais bonitos de Niterói, na Região Metropolitana do Rio — era um dos preferidos de Juliana.
A irmã de Juliana, Mariana Marins, destacou a importância do gesto simbólico da homenagem.
"A Praia do Sossego era um dos lugares preferidos da minha irmã. Foi ela quem me apresentou àquele paraíso e vivemos momentos especiais ali, junto com amigas", disse a irmã.
"Em meio a tanta dor e a tantas notícias falsas que circularam nos últimos dias, encontrar o apoio da Prefeitura de Niterói e do prefeito, que acreditou na nossa palavra desde o início, foi fundamental", acrescentou.
Muito emocionada, a mãe de Juliana também agradeceu o tributo.
"O que estamos vivendo é devastador, mas nos conforta saber que Juliana vai voltar para casa. Esse apoio tem feito toda a diferença", disse Estela Marins.
Vista do mirante da Praia do Sossego, em Niterói; local era frequentado pela publicitária Juliana Marins
Reprodução/TV Globo
Natural do Rio de Janeiro, Juliana morava em Niterói e era formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ. Ela também atuava como dançarina de pole dance.
Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia e já havia visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
Após a liberação pelas autoridades da Indonésia, o corpo de Juliana será trazido de volta ao Brasil. Tanto a Prefeitura de Niterói quanto o governo federal se colocaram à disposição para custear o traslado, mas a família ainda não informou como o procedimento será realizado.
O corpo da jovem deve ser velado e sepultado em Niterói.
Praia do Sossego, em Niterói
Reprodução/TV Globo
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Autópsia revela causa da morte
Legista da Indonésia afirma que morte foi por fraturas depois de queda
Nesta sexta-feira (27), autoridades da Indonésia afirmaram que Juliana morreu de trauma contundente, resultando em danos a órgãos internos e hemorragia, após escorregar e cair enquanto escalava o Monte Rinjani, o segundo vulcão mais alto da Indonésia.
"Encontramos arranhões e escoriações, bem como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento", disse o especialista forense Ida Bagus Alit à imprensa indonésia.
"A vítima sofreu ferimentos devido à violência e fraturas em diversas partes do corpo. A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas", disse o médico.
O corpo da jovem chegou ao Hospital Bali Mandara, em Bali, por volta das 11h35 (horário de Brasília) da quinta-feira (26) para autópsia. Foi levado do Hospital Bhayangkara, na província onde o vulcão está localizado, de ambulância, já que não há peritos na província.
O caixão de Juliana Marins sendo levado de Mataram para Bali
Reprodução/Kompas
A autópsia foi realizada na noite de quinta. Alit também afirmou que não havia evidências que sugerissem que a morte tivesse ocorrido muito tempo após os ferimentos.
"Por exemplo, havia um ferimento na cabeça, mas nenhum sinal de hérnia cerebral. A hérnia cerebral geralmente ocorre de várias horas a vários dias após o trauma. Da mesma forma, no tórax e no abdômen, houve sangramento significativo, mas nenhum órgão apresentou sinais de retração que indicassem sangramento lento. Isso sugere que a morte ocorreu logo após os ferimentos", explicou.
A partir dos resultados da autópsia, ele estima que a morte de Juliana ocorreu em torno de 20 minutos após ela sofrer os ferimentos.
Mas observou que é difícil determinar a hora exata da morte devido a vários fatores, incluindo a transferência do corpo da Ilha de Lombok, onde se localiza o Monte Rinjani, para Bali dentro de um freezer — uma viagem que levou várias horas.
"No entanto, com base em sinais observáveis, estima-se que a morte tenha ocorrido logo após os ferimentos", disse ele.
Ele acrescentou que não havia sinais de hipotermia, pois não havia ferimentos tipicamente associados à condição, como lesões nas pontas dos dedos.
A publicitária Juliana Marins sofreu um acidente fatal no monte Rinjani
Reprodução/Instagram