Tiroteios no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, e em Tomás Coelho deixam 2 mortos
27/06/2025
(Foto: Reprodução) Homens morreram em áreas próximas durante guerra entre facções rivais. Um morador foi baleado no pé na quinta-feira (26). Tiroteios no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, e em Tomás Coelho deixam 2 mortos
O Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio, amanheceu sob forte tensão nesta sexta-feira (27). Pelo quarto dia consecutivo, a comunidade enfrenta confrontos entre facções criminosas rivais. Os disparos durante a madrugada assustaram os moradores, que relatam cenas de pânico e insônia.
Dois homens foram mortos. Um deles, um jovem de 19 anos, foi encontrado perto de uma passarela em Tomás Coelho, nas proximidades do Juramento, no início da manhã. O outro corpo foi localizado em Vicente de Carvalho, também em área próxima à comunidade.
O Corpo de Bombeiros informou que as vítimas já estavam mortas quando as equipes chegaram aos locais.
Na noite de quinta-feira (26), um morador que voltava para casa foi atingido por um tiro no pé na altura da Avenida Meriti com a Avenida Pastor Martin Luther King, próximo ao Juramentinho. Segundo a PM, ele foi socorrido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde recebeu atendimento e teve alta.
Moradores relataram momentos de terror.
“Essa noite, pra gente, foi muito difícil. Não conseguimos dormir, parecia uma guerra", disse uma moradora. Outro vizinho afirmou: “Já é o quarto dia seguido dessa guerra no Juramento. Agora são 9h30 da manhã e ainda conseguimos ouvir tiros disparados por criminosos a todo momento.”
Com a violência, diversos serviços foram afetados. A Secretaria Municipal de Educação informou que quatro escolas precisaram ser fechadas na região do Morro do Juramento e outras duas no Juramentinho. Uma unidade de saúde também suspendeu os atendimentos médicos nesta manhã, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
O MetrôRio fechou o acesso B da estação Vicente de Carvalho por medida de segurança. Passageiros que estavam nos vagões disseram que precisaram se abaixar durante o trajeto por causa dos tiros.
A Avenida Pastor Martin Luther King também chegou a ser interditada em um trecho devido ao confronto.
A Polícia Militar informou que o 41º BPM (Irajá) reforçou o policiamento com viaturas e veículos blindados nos acessos à comunidade. As ações contam com apoio do 1º Comando de Policiamento de Área (CPA), que realiza cercos, abordagens e revistas. Segundo a corporação, o objetivo é estabilizar a região e localizar os envolvidos nos confrontos.
Passageiros se abaixam dentro do vagão ao passar pela estação Vicente de Carvalho durante tiroteio
Reprodução/ Redes sociais
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Escolas fechadas na Zona Oeste
Uma operação da Polícia Militar no Catiri, em Bangu, na Zona Oeste, causou o fechamento de escolas e a suspensão de serviços públicos na manhã desta sexta-feira (27).
A região registra confrontos frequentes entre traficantes e milicianos. Simultaneamente, a Vila Kennedy, que fica próxima, também registra ações policiais e impactos similares.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, três escolas na comunidade do Catiri foram impactadas. Já na Vila Kennedy, 15 unidades escolares tiveram as atividades comprometidas por causa da operação em andamento.
Segundo a Polícia Militar, agentes do Comando de Operações Especiais (COE) e do Batalhão de Polícia de Choque atuam no Catiri com apoio do 14º BPM (Bangu). A operação tem como objetivo coibir a ação de grupos criminosos que disputam o controle territorial da região. Até o momento, não há registro de presos ou apreensões.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que uma unidade de saúde que atende a comunidade do Catiri suspendeu o funcionamento nesta sexta. Na Vila Kennedy, outra unidade interrompeu o atendimento, e quatro continuam em funcionamento, mas com as visitas domiciliares temporariamente suspensas.
Além disso, a Vila Olímpica, que atende cerca de 1.500 alunos ao longo da semana, também foi afetada pela instabilidade causada pela operação.
A PM informou que as ações seguem em andamento.
Policiais do Comando de Operações Especiais (COE) atuam na comunidade do Catiri, em Bangu
Reprodução/TV Globo